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Atualizado: 31 de out. de 2023

Vamos analisar uma série histórica de 6 anos, entre 2014 e 2019, para tentar responder essa pergunta. Mas, antes de continuarmos, é importante entender qual critério vamos usar para buscar o "melhor" curso.


Considerando que o valor agregado pelo processo formativo oferecido pelo curso, mensurado a partir dos valores do Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD), representa 35,0% do CPC, este será nosso critério. Ou, como costumo "brincar" com os colegas, o "ilustre desconhecido".


Apesar de ser o componente com maior peso no CPC e medir o valor agregado pelo curso ao desenvolvimento dos estudantes concluintes, a maioria não o conhece. Muitos gestores de IES sequer ouviram falar do IDD, nem sabem que (sim), é possível fazer gestão sobre seu resultado, desenvolver estratégias para aplicar em seus cursos e estudantes visando melhorar o resultado do IDD e, consequentemente, do CPC.


Para facilitar o entendimento, vou exemplificar de uma forma bem simplista: imagine que seu estudante esteja disputando uma corrida (a prova do ENADE) e que nos treinos (a prova do ENEM) o melhor resultado que ele conseguiu foi chagar em 100º lugar na área de avaliação a qual ele pertence. Ao terminar a graduação se ele terminar essa "corrida" em uma posição melhor, significa que o processo formativo agregou algo à formação daquele estudante (quando comparado com seus pares, claro). Caso contrário, o valor agregado ficou abaixo dos demais "corredores".


Não vamos "ranquear" ninguém, pois não faremos comparações entre este ou aquele curso. Apenas vamos identificar o que alcançou o melhor resultado no IDD no período selecionado (escolhido em função da mudança no cálculo e dos resultados já publicados).


Então, sem mais rodeios, o "melhor" cursos de graduação da série analisada foi o de ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO, da Universidade Federal de São Paulo, em 2017. Muitos poderão pensar que o excelente resultado (a Nota Bruta no IDD foi de 29,1654) se deu em função do nível dos seus estudantes ingressantes, uma vez que o processo seletivo seria bem rigoroso, mas, não é bem assim (basta pesquisar os resultados do ITA).


Marcos Rosa




Atualizado: 31 de out. de 2023

A Razão aluno/professor é um importante indicador que nos dá a média de quantos alunos são atendidos por cada professor em uma IES. O cálculo é feito pela proporção entre o número de alunos matriculados em uma IES e o seu corpo docente. A fórmula utilizada pelo Inep para este cálculo é (∑aluno/∑docente).


Segundo dados do Censo da Educação Superior (Inep, 2022), este indicador tem sofrido pouca variação na modalidade Presencial, na série histórica de 2010 a 2021 a média é de aproximadamente 19 alunos por Professor (2021 apresentou o menor resultado da série, com 17 alunos para cada Professor).


A mesma fonte de dados mostra que essa realidade é bem diferente na modalidade EaD, com uma média de aproximadamente 113 alunos por Professor (em 2021 tivemos o maior resultado da série histórica, com 149 alunos para cada Professor).


Ao segregarmos por Categoria Administrativa temos o seguinte cenário em 2021:

23 alunos por Professor nas Privadas Presenciais

185 alunos por Professor nas Privadas EaD

11 alunos por Professor nas Públicas Presenciais

31 alunos por Professor nas Públicas EaD


A razão aluno/professor é visto por muitos como um indicador de qualidade educacional, pois oferece uma medida aproximada do apoio pedagógico disponível ao acadêmico. Será?


Vamos comparar os resultados dos Indicadores de Qualidade da Educação Superior (Enade, IDD e CPC) do curso de Engenharia Civil do ciclo de 2019:

Enade - Presencial 2,3325 / EaD 2,1060

IDD - Presencial 2,6060 / EaD 2,6526

CPC - Presencial 2,7655 / EaD 2,7343


O que você achou, muito diferente?


Lembrando que estamos comparando os resultados de TODOS os concluintes, de TODAS as IES que participaram do ciclo de 2019. Uma análise mais criteriosa e profunda de cada curso de sua IES pode trazer informações relevantes para sua gestão.


Marcos Rosa




Atualizado: 31 de out. de 2023

Os números são preocupantes, é o que nos mostra o Censo da Educação Superior (Inep, 2022). O número de INGRESSANTES está cada vez menor, os CONCLUINTES seguem abaixo da média histórica (isso mostra que a Taxa de Sucesso está diminuindo, ou seja, a EVASÃO está aumentando) e o Crescimento na Base de Alunos é o menor dos últimos anos.


Quando comparamos os dados de 2019 com os de 2021, observamos uma queda de -32,4% no crescimento da base de alunos, ou seja, a base de alunos das Licenciaturas "encolheu".


Alguns podem pensar (prematuramente) que isso se deve à pandemia, seria o mais lógico, dada a circunstância. Porém, quando comparamos com os cursos de Bacharelado, que teve crescimento de 7,8% e com os Tecnólogos, que também cresceu (impressionantes) 48,6% no mesmo período, entendemos que não é só isso.


Segundo o Inep (2022), "Desde 2014 há uma tendência de queda no número de ingressantes em cursos de graduação presencial. Nesse período até 2020, os cursos EaD registram crescimento no número de ingressantes. Cabe observar, entretanto, que em 2021, o número de ingressos caiu tanto nos cursos presenciais quanto nos cursos a distância."


Na tabela estampada na imagem abaixo é possível visualizar, ano a ano, desde 2011, o total de INGRESSANTES, o número de CONCLUINTES, o Crescimento da Base de Alunos e a Taxa de Sucesso das Licenciaturas. As conclusões e comentários sobre o que estaria acontecendo, deixo por conta dos amigos (prefiro me ater ao fator quantitativo).


Marcos Rosa




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