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Atualizado: 31 de out. de 2023


O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) é um dos principais instrumentos de avaliação da qualidade do ensino superior no Brasil. O exame é obrigatório para todos os estudantes que concluem cursos de graduação e tecnológicos, e tem como objetivo avaliar o desempenho dos alunos e a qualidade dos cursos oferecidos pelas instituições de ensino superior.


No entanto, muitos estudantes têm dificuldade em se engajar e obter bons resultados no ENADE. Isso pode ser atribuído a vários fatores, como falta de motivação, falta de conhecimento sobre o exame e suas exigências, e falta de preparação adequada.


Para engajar os acadêmicos e ajudá-los a obter um bom resultado no ENADE, é importante que as instituições de ensino superior adotem medidas eficazes, tais como:

  1. Comunicar a importância, destacando a relevância do exame para a avaliação da qualidade dos cursos e para a inserção dos estudantes no mercado de trabalho.

  2. Oferecer informações sobre o ENADE, suas exigências e critérios de avaliação, bem como orientações sobre como os alunos devem se preparar para o exame.

  3. Promover a preparação adequada dos alunos, oferecendo cursos preparatórios, simulados e outras atividades que ajudem os estudantes a se familiarizarem com o formato e as exigências do exame.

  4. Estabelecer metas claras de desempenho acompanhar o progresso dos estudantes em relação a essas metas.

  5. Os professores têm um papel fundamental no engajamento dos alunos e na preparação adequada para o ENADE. As instituições de ensino superior devem incentivar o envolvimento dos professores na preparação dos alunos, oferecendo capacitação e recursos para os docentes.

  6. Estimular a participação dos alunos no ENADE, oferecendo incentivos, como bonificações na nota final ou certificados de participação, além de destacar publicamente os estudantes com melhores desempenhos.

  7. Acompanhar os resultados dos alunos no ENADE, identificando pontos de melhoria e implementando medidas para aprimorar o desempenho dos estudantes nas próximas edições do exame.

Além de engajar os acadêmicos para participar e obter um bom resultado no ENADE, os coordenadores de curso também devem se atentar para o preenchimento adequado do Questionário do Estudante, que faz parte do processo avaliativo e pode influenciar significativamente o Conceito Preliminar de Curso (CPC). Mas isso é assunto para uma outra postagem ;-)


Marcos Rosa

Atualizado: 31 de out. de 2023

Será que o sistema universitário brasileiro está preparado para avaliar os impactos de uma inteligência artificial como o ChatGPT? Este modelo de linguagem criado pela OpenAI foi treinado para responder milhares de perguntas simultaneamente, como se estivesse conversando com cada pessoa e de uma forma muito natural. É impressionante.


Esta tecnologia tem causado discussões no meio acadêmico e uma pergunta que sempre surge é aquela clássica... “será que a máquina irá substituir o homem?”. Enquanto recobram o tema ou elaboram estratégias para evitar os plágios, confesso que estou meio que encantado e ao mesmo tempo perplexo com a novidade. Aprendi na academia que os agentes econômicos não tinham como saber o preço dos produtos até surgir o Yahoo, o Cadê (lembram?) e depois veio o Google, lugar onde eu pesquisava sobre tudo que sabia que não sabia. Mas agora, converso naturalmente com uma fonte e vou montando sentidos e aprendendo muito mais..


Implicações na EaD não são difíceis de indicar: Tutoria, obviamente, algo importante para que os alunos possam contar com uma interface bem melhor para revisões e aprofundamentos. Na produção de conteúdos temos uma estrada mais nebulosa, certamente. Será que vamos ter autorias híbridas num futuro próximo?


Diante de tantas indagações resolvi recorrer à própria I.A. para conhecer a sua opinião (se é que ela tem uma...) e saber como percebe as oportunidades e os riscos de sua utilização num contexto acadêmico universitário. Veja a sequência da entrevista nos próximos posts.

 

UMA ENTREVISTA COM A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL DO MOMENTO (PARTE I)


Eu: Como pensa que poderá impactar as práticas acadêmicas numa universidade?


I.A.: Acredito que a inteligência artificial e o processamento de linguagem natural, como o que eu uso, podem ter um impacto significativo nas práticas acadêmicas em uma universidade. Algumas maneiras que isso pode acontecer incluem:

Análise de dados: Os modelos de IA podem ajudar a analisar grandes quantidades de dados acadêmicos, como notes, relatórios e artigos científicos, para identificar tendências e padrões que podem ser úteis para os professores e pesquisadores.

Auxílio na avaliação de desempenho: os modelos de IA podem ser usados para avaliar o desempenho dos estudantes, por exemplo, corrigindo provas e trabalhos de maneira automatizada, o que pode ajudar a tornar o processo mais eficiente e preciso.

Educação personalizada: Os modelos de IA podem ser usados para criar programas de ensino personalizados para cada estudante, levando em conta seus interesses e habilidades, o que pode ajudar a aumentar a motivação e a eficácia do ensino.

Auxílio na pesquisa: Os modelos de IA podem ser usados para ajudar os pesquisadores a encontrar e analisar informações relevantes para suas pesquisas, bem como auxiliar na criação de novos modelos, simulações e previsões.

Atendimento ao estudante: Os modelos de IA podem ser usados para ajudar os estudantes a encontrar informações, resolver problemas e responder perguntas, o que pode ajudar a melhorar o atendimento ao estudante e aumentar a satisfação dos estudantes.

No entanto, é importante notar que a IA não deve ser vista como uma solução mágica e deve ser usada como ferramenta auxiliar, acompanhada de supervisão humana, e sempre levando em consideração as questões éticas e de privacidade.


Eu: De que maneira os estudantes podem utilizá-la? (querendo chegar no ponto...)


I.A.: Os estudantes podem usar a inteligência artificial e o processamento de linguagem natural de várias maneiras, algumas delas incluem:


Aprendizado automatizado: Os estudantes podem usar aplicativos de aprendizado automatizado baseados em IA para personalizar seus estudos e melhorar sua compreensão dos assuntos.

Resolução de problemas: Os estudantes podem usar modelos de IA para ajuda-los a resolver problemas complexos em suas disciplinas, como matemática avançada ou ciências.

Tradução: Os estudantes podem usar modelos de tradução baseados em IA para ajuda-los a entender textos e material de estudo em outros idiomas.

Escrita de relatórios e trabalhos: Os estudantes podem usar modelos de IA para ajuda-los a escrever relatórios e trabalhos acadêmicos, ajudando na estruturação e correção de erros de gramática e ortografia.

Descoberta de informações: Os estudantes podem usar modelos de IA para ajuda-los a encontrar informações relevantes.

 

UMA ENTREVISTA COM A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL DO MOMENTO (Final)


Eu: Mas... e se os estudantes utilizarem copiarem textos prontos? Já pensou nisso? (entrando no assunto, mas não querendo ser desagradável)

I.A.: É verdade que existe o risco de os estudantes usarem modelos de linguagem como o ChatGPT para copiar textos prontos e passa-los como seus próprios. Isso é considerado plágio e é uma violação das normas acadêmicas. É importante que os professores e administradores acadêmicos estejam cientes desse risco e tomem as medidas para evita-lo. Isso pode incluir a utilização de ferramentas de detecção de plágio, ensinar sobre as questões éticas de plágio e incentivar a ética acadêmica entre os estudantes.


Eu: Já considerou o risco desta entrega de textos prontos como uma prática que pode atrapalhar o desenvolvimento natural da escrita dos estudantes?

I.A.: Sim, é verdade que se os estudante usarem modelos de linguagem como o ChatGPT para copiar textos prontos e passa-los como seus próprios, isso pode atrapalhar o desenvolvimento natural da escrita deles. A escrita é uma habilidade importante e requer prática e desenvolvimento contínuo para se tornar eficaz. Se os estudantes não têm a oportunidade de praticar e desenvolver suas habilidades de escrita de maneira independente, eles podem ter dificuldades em progredir em suas habilidades acadêmicas e profissionais.

Além disso, ao usar textos prontos, os estudantes também perdem a oportunidade de aprender sobre a estrutura e a lógica do texto, a escrita coerente e coesa e seu próprio estilo de escrita. Eles também perdem a oportunidade de aprender com seus erros e melhorar continuamente suas habilidades de escrita. Ao mesmo tempo, é importante que os estudantes saibam que a utilização de modelos de linguagem como o ChatGPT deve ser feita de forma ética e utilizando-o como ferramenta de auxílio, e não como uma forma de plágio.


Eu: Será que o ChatGPT veio para substituir o professor? (amarelando a qualidade da discussão...)


I.A.: Não, o ChatGPT e outros modelos de inteligência artificial não foram criados para substituir os professores. Eles foram desenvolvidos como ferramentais de auxílio para ajudar os professores e estudantes em suas tarefas acadêmicas. Os professores ainda são fundamentais para o processo de ensino e aprendizado, pois eles têm a capacidade de se comunicar e interagir com os estudantes, oferecer orientação e feedback personalizado, e criar um ambiente de aprendizado enriquecedor.

O ChatGPT e outros modelos de IA, por outro lado, podem ser usados como ferramentas para ajudar os professores a automatizar tarefas repetitivas, como correção de provas, busca de informações, traduções, e ajudar a identificar tendências e padrões em dados acadêmicos. Com isso, os professores têm mais tempo para se concentrar nas tarefas mais importantes e valiosas, como a interação com os estudantes e a orientação personalizada.


Wille Muriel

Foto do escritor: Carta ConsultaCarta Consulta

Atualizado: 31 de out. de 2023

Para quem tirou alguns dias para descansar uma dica é um filme que tem tudo a ver com o que discutimos aqui neste espaço: O Homem que Mudou o Jogo.


Baseado em fatos reais, conta a história de Billy Beane, um dirigente do Oakland Athletics (ou A’s), time de baseball da cidade de Oakland (CA) que disputa a Major League Baseball (MLB). Ele utilizou dados e estatísticas de jogadores para montar uma equipe excelente, mesmo com um orçamento baixo.


Estes números foram organizados pelo economista David DePodesta. O trabalho levou em conta décadas de dados individuais de jogadores com resultados que não poderiam ser considerados a partir de um olhar intuitivo dos caça-talentos. Eles tinham conhecimento e experiência, mas não conseguiam fazer análises complexas porque não tinham os dados históricos organizados em indicadores e assim, não podiam estabelecer correlações aprofundadas a partir de números. Os olheiros trabalhavam praticamente com crenças sobre perfis de atletas que em muitos casos não correspondiam às expectativas dos treinadores. Erravam muito ou pagavam muito caro para acertar mais. Aliás, o filme mostra um caso assim.


Mas o que determinou a implantação de uma cultura de gestão guiada por dados nas equipes de baseball da MLB?


Bom... primeiro... foi acreditar que estavam no caminho certo. Parece estranho dizer isso, mas eles simplesmente acreditaram nos números. Segundo... é que eles utilizaram os dados para incrementar o processo reduzindo os riscos e não para acabar com o emprego dos olheiros dos times. E terceiro... o recrutamento apoiado por dados (sabermetrics) ganhou força e superou a resistência dos olheiros quando os A’s ganharam 20 jogos seguidos – a primeira equipe em 100 anos a fazer isso. A partir deste feito, a MLB passou a utilizar dados e estatísticas em tudo e Billy Beane virou uma referência para o baseball americano: O homem que mudou o jogo.


Está bem. Agora já podemos reconstruir este roteiro para a realidade das instituições de ensino superior. Quem vai mudar o jogo? Feliz jogo novo!


Wille Muriel




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