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Atualizado: 31 de out. de 2023

Então você precisa conhecer o KDD!


O termo KDD (Knowledge Discovery in Databases) foi criado por Gregory Piatetsky-Shapiro, um pesquisador de inteligência artificial, em 1989. Ele foi o primeiro a documentar o processo de descoberta de conhecimento em bases de dados. Piatetsky-Shapiro também foi pioneiro na criação de um workshop de mineração de dados em 1989, que posteriormente se tornou o KDD - Conference on Knowledge Discovery and Data Mining.


O Processo KDD, ou Descoberta de Conhecimento em Base de Dados é um processo que busca extrair informações significativas e úteis de grandes conjuntos de dados. Consiste em um conjunto de tarefas e operações, que incluem a seleção, limpeza, mineração e visualização de dados para uma melhor interpretação dos resultados.


Existem várias aplicações práticas do Processo KDD. Por exemplo, ele pode ser usado para descobrir padrões em dados médicos, para prever o comportamento do mercado financeiro ou para detectar fraudes em transações bancárias. Outras aplicações incluem a classificação de texto, a detecção de anomalias ou a classificação de imagens.


O Processo KDD pode ser usado para captar e manter alunos nos cursos de graduação de várias maneiras. Por exemplo, ele pode ser usado para analisar os dados das matrículas dos alunos e identificar padrões nos perfis dos alunos que se inscrevem em cursos específicos. Isso pode ajudar as universidades a direcionar sua publicidade para os alunos mais propensos a se matricular em seu curso.


Além disso, o Processo KDD também pode ajudar a prever quais alunos estão mais propensos a se desligar do curso, permitindo que as universidades tomem medidas para prevenir desistências. Outra maneira de usar o Processo KDD para captar e manter alunos é analisar os dados históricos de sucesso acadêmico dos alunos para definir as melhores estratégias para alavancar seus indicadores de qualidade.


Quando as organizações percebem o verdadeiro valor de seus dados, todos — seja você um Reitor, Coordenador ou Professor — podem tomar as melhores decisões, todos os dias. Chegou a vez do Ensino Superior conhecer seus dados!!!


E A SUA IES? O que está esperando para implantar a gestão de cursos baseada em dados?


Marcos Rosa




Atualizado: 31 de out. de 2023

Vamos analisar uma série histórica de 6 anos, entre 2014 e 2019, para tentar responder essa pergunta. Mas, antes de continuarmos, é importante entender qual critério vamos usar para buscar o "melhor" curso.


Considerando que o valor agregado pelo processo formativo oferecido pelo curso, mensurado a partir dos valores do Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD), representa 35,0% do CPC, este será nosso critério. Ou, como costumo "brincar" com os colegas, o "ilustre desconhecido".


Apesar de ser o componente com maior peso no CPC e medir o valor agregado pelo curso ao desenvolvimento dos estudantes concluintes, a maioria não o conhece. Muitos gestores de IES sequer ouviram falar do IDD, nem sabem que (sim), é possível fazer gestão sobre seu resultado, desenvolver estratégias para aplicar em seus cursos e estudantes visando melhorar o resultado do IDD e, consequentemente, do CPC.


Para facilitar o entendimento, vou exemplificar de uma forma bem simplista: imagine que seu estudante esteja disputando uma corrida (a prova do ENADE) e que nos treinos (a prova do ENEM) o melhor resultado que ele conseguiu foi chagar em 100º lugar na área de avaliação a qual ele pertence. Ao terminar a graduação se ele terminar essa "corrida" em uma posição melhor, significa que o processo formativo agregou algo à formação daquele estudante (quando comparado com seus pares, claro). Caso contrário, o valor agregado ficou abaixo dos demais "corredores".


Não vamos "ranquear" ninguém, pois não faremos comparações entre este ou aquele curso. Apenas vamos identificar o que alcançou o melhor resultado no IDD no período selecionado (escolhido em função da mudança no cálculo e dos resultados já publicados).


Então, sem mais rodeios, o "melhor" cursos de graduação da série analisada foi o de ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO, da Universidade Federal de São Paulo, em 2017. Muitos poderão pensar que o excelente resultado (a Nota Bruta no IDD foi de 29,1654) se deu em função do nível dos seus estudantes ingressantes, uma vez que o processo seletivo seria bem rigoroso, mas, não é bem assim (basta pesquisar os resultados do ITA).


Marcos Rosa




Atualizado: 31 de out. de 2023

A Razão aluno/professor é um importante indicador que nos dá a média de quantos alunos são atendidos por cada professor em uma IES. O cálculo é feito pela proporção entre o número de alunos matriculados em uma IES e o seu corpo docente. A fórmula utilizada pelo Inep para este cálculo é (∑aluno/∑docente).


Segundo dados do Censo da Educação Superior (Inep, 2022), este indicador tem sofrido pouca variação na modalidade Presencial, na série histórica de 2010 a 2021 a média é de aproximadamente 19 alunos por Professor (2021 apresentou o menor resultado da série, com 17 alunos para cada Professor).


A mesma fonte de dados mostra que essa realidade é bem diferente na modalidade EaD, com uma média de aproximadamente 113 alunos por Professor (em 2021 tivemos o maior resultado da série histórica, com 149 alunos para cada Professor).


Ao segregarmos por Categoria Administrativa temos o seguinte cenário em 2021:

23 alunos por Professor nas Privadas Presenciais

185 alunos por Professor nas Privadas EaD

11 alunos por Professor nas Públicas Presenciais

31 alunos por Professor nas Públicas EaD


A razão aluno/professor é visto por muitos como um indicador de qualidade educacional, pois oferece uma medida aproximada do apoio pedagógico disponível ao acadêmico. Será?


Vamos comparar os resultados dos Indicadores de Qualidade da Educação Superior (Enade, IDD e CPC) do curso de Engenharia Civil do ciclo de 2019:

Enade - Presencial 2,3325 / EaD 2,1060

IDD - Presencial 2,6060 / EaD 2,6526

CPC - Presencial 2,7655 / EaD 2,7343


O que você achou, muito diferente?


Lembrando que estamos comparando os resultados de TODOS os concluintes, de TODAS as IES que participaram do ciclo de 2019. Uma análise mais criteriosa e profunda de cada curso de sua IES pode trazer informações relevantes para sua gestão.


Marcos Rosa




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