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Atualizado: 31 de out. de 2023

É inegável o crescimento observado no número de matrículas (novas ou não) nos cursos de Pedagogia na modalidade Ead. Ainda aquém das necessidades de reposição da mão-de-obra nas #escolas, principalmente nas de Educação Básica, há de se pesar, também, a Taxa de Sucesso dos cursos de Pedagogia, que são frequentemente discutidas e questionadas.

Aqui vamos entender a Taxa de Sucesso como a relação entre o total de ingressantes (calouros) no ano X e o total de concluintes no ano X+4 (considerando o tempo de integralização do curso).


Ao observarmos (na imagem abaixo) o % dos últimos 7 anos notamos que houve uma diminuição na Taxa de Sucesso do Presencial e um aumento na do EaD. Porém, na média do período temos 56,0% de CONCLUINTES após 4 anos de ingresso na EaD e 53,8% no Presencial (média geral de 54,9%).


Isso significa dizer que de cada 10 estudantes que iniciam o curso, pelo menos 4 deles não consegue terminar (independentemente da modalidade), o que nos leva a uma evasão (ou abandono - chamem como quiserem) superior a 40%.


Se isso é "normal" ou não, vou deixar para as considerações dos amigos... a mim não parece uma boa narrativa de que vamos iniciar um trabalho sabendo de mais de 40% dos ingressantes não irão concluir seus estudos.


E você, Coordenador(a)? Conhece em profundidade os dados do seu curso? Faz gestão baseada em dados?


Marcos Rosa




Atualizado: 31 de out. de 2023

Um olhar geral, a partir de dados oficiais do INEP, mostra que em 2018 o Brasil contou com o ingresso de aproximadamente 3,4 milhões de alunos na graduação. Considerando um tempo médio de quatro anos para a formação (e este é apenas um dos recortes possíveis), pode-se afirmar que a taxa de permanência destes aluno até 2021 foi de 38,5%, ou seja, dos alunos que ingressaram em 2018, mais de 60% não formaram em 2021. Isso não significa que eles evadiram do sistema educacional. Uma boa parte não iria se formar em apenas quatro anos por outros motivos, por exemplo, os ingressantes da graduação em Direito, curso integralizado em cinco anos. É razoável pensar que a evasão seja realmente menor, mas... não tão menor.


É bom poder organizar esses dados do INEP de forma rápida e flexível, pois assim podemos realizar inúmeras análises todos os dias. E podemos (devemos) fazer este tipo de análise também por curso.


Na gestão de instituições de educação superior é interessante pensar que cada curso opera a partir de um conjunto de variáveis que determinam os resultados. Diante de variáveis externas o trabalho será mitigar os impactos negativos, por exemplo, quando um aluno passa a residir em outra cidade. Neste caso, o resultado vai depender do interesse do aluno em continuar o relacionamento com a IES, mesmo sem ser matriculado. Quando as variáveis são internas é importante que uma intervenção da gestão se estabeleça pelo melhor entendimento do problema e a elaboração de planos de ações voltados (realmente) resolvê-los. Pode parecer óbvio, mas o que observamos na prática é que o resultado buscado nem sempre encontra-se vinculado ao problema identificado. Isso é algo comum.


Ao organizar a casa veremos que a evasão, entendida como um problema, limita as ações sobre um fenômeno que já ocorreu e que não controlamos (variável externa). Mas, s #educação e percebida como um resultado é possível colocar na equação um número considerável de variáveis internas que geram muitos problemas, sob os quais devemos agir para obter o resultado que queremos (reduzir a evasão).


Então a evasão não é uma variável e nem um problema. É um resultado de uma série de variáveis que geram inúmeros problemas. É preciso entender os problemas da IES a partir dos números, identificando onde, o quê e como agir para aumentar a permanência de alunos.


Acompanhe os números e as análises aqui no Grupo.

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Abraços!


Wille Muriel




Atualizado: 31 de out. de 2023

Como já apresentado em outra publicação (https://lnkd.in/eZXKScT2), 2021 teve o maior ingresso de estudantes em cursos de graduação da história, foram 3.944.897 "calouros" (2.477.374 - 62,8% - na EaD e 1.467.523 - 37,2% - no Presencial).


Seria de se esperar que os cursos que tiveram as maiores entradas de estudantes fossem os da EaD, restando aos cursos presenciais a formação de pequenas turmas. Mas, não é isso que mostram os dados do Censo da Educação Superior 2021.


Entre os 20 "campeões" de novas matrículas temos um empate técnico: 10 cursos são da EaD e outros 10 são Presenciais. Mas, então, qual o motivo do título desse artigo? Só para chamar a atenção do leitor? Não, claro que não.


Ao analisarmos os 20 cursos que mais matricularam "calouros" em 2021, chegamos ao total de 53.613 INGRESSANTES (27.642 na EaD e 25.971 no Presencial). Até aí, nenhuma novidade, haja vista que a diferença entre as modalidades já foi anunciada aos quatro ventos.


O que nos chama a atenção é o curso que mais captou novos estudantes neste recorte, justamente o #DIREITO, com 13.970 "calouros" (ou 26,1% do total e 53,8% do Presencial). As demais vagas são completadas pelos cursos de PEDAGOGIA, ENFERMAGEM, ADMINISTRAÇÃO, PSICOLOGIA e GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS (confira na imagem a distribuição).


Quando analisamos o todo (não somente os 20 maiores cursos) notamos que o curso de DIREITO representa, aproximadamente, 5,3% do total de INGRESSANTES e 13,4% do total da matrículas nos cursos Presenciais. Os outros cursos que vêm sustentando essa modalidade são: PSICOLOGIA (6,8%), ENFERMAGEM (6,4%), ADMINISTRAÇÃO (4,9%), MEDICINA (3,4%) e ODONTOLOGIA (3,2%).


Vale ressaltar que dos 5 cursos citados (além do DIREITO), apenas ENFERMAGEM e ADMINISTRAÇÃO têm "concorrentes" na EaD, os demais ainda não disputam esse mercado.


Ao que tudo indica a liberação do curso de DIREITO na modalidade EaD é uma questão de tempo, não há razão ou argumento que se sustente perenemente, concordam? E quando isso acontecer, fatalmente haverá uma migração daqueles estudantes que se adaptam (ou precisam) da EaD. Aguardemos...




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