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CURSOS DE PSICOLOGIA E UMA EAD QUE NÃO SAI DA EQUAÇÃO

Atualizado: 31 de out. de 2023

Dentre outras Surpresas.


Os números oficiais da educação indicam que entre 2011 e 2021, foram oferecidas 1,7 milhões de vagas para o curso de graduação em Psicologia. O número de inscrições chegou aos 4,7 milhões, ou seja, uma média de 2,77 candidatos por vaga (CPV = 2,77). Mas o que chama a atenção é o comportamento das curvas de interesse (inscritos) e de calouros (ingressantes). Elas indicam um crescimento regular, praticamente sem desvios desde 2011. Há um decrescimento considerável em 2021, mas isso pode ser explicado pelo fator Pandemia. E um recorte para apenas as IES privadas com finalidades lucrativas indica que são elas que estão puxando os números para cima. Mas que coisa! Quem poderia imaginar?


Saindo do recorte e voltando para o quadro geral, temos que os cursos de Psicologia compõem (normalmente) um portfólio de cursos da área da saúde, como Enfermagem, Fisioterapia, Nutrição, Farmácia, dentre outros. Mas apresenta contornos específicos, tanto na oferta, quanto na demanda. A exemplo de Medicina e Odontologia, os cursos de Psicologia são ofertados apenas na modalidade presencial. E isso faz pensar que, no que se refere à demanda, uma eventual comparação com outros cursos da saúde deve limitar-se à modalidade presencial. Senão, estaríamos comparando bananas com laranjas. Será? Então vamos lá. Considerando o histórico das curvas de interessados e calouros efetivos nos últimos 11 anos, o que temos?

1) Odontologia: A exemplo da Psicologia, um aumento no número de ingressantes e no número de inscritos durante todo o período.

2) Medicina: Aumento no número de ingressantes, mas... queda no número de inscritos desde 2015 (em outro post analisamos que este comportamento pode estar relacionado com a crise econômica).

3) Enfermagem, Fisioterapia e Nutrição apresentam queda no número de ingressantes e no número de inscritos desde 2017.

4) No curso de Farmácia esta queda começou em 2018.


É irônico perceber que, mesmo restringindo a análise à modalidade presencial, a EaD não vai sair da equação. Será que o fato de não ser oferecido na modalidade EaD criou uma ideia de escassez que vem atraindo uma demanda educacional específica para o curso de Psicologia? Esta demanda estaria disposta a investir mais por uma experiência presencial? Este curso, se oferecido na modalidade EaD, poderia encontrar dificuldades para captar alunos para o presencial e sofrer com uma queda do ticket-médio?


Dados bem organizados e trabalhados de forma flexível são essenciais para analisar o potencial dos cursos de Psicologia. O mesmo ocorre com os outros cursos de graduação. Acompanhe os números! Invista em tecnologia de inteligência de dados! E comente sobre essas informações aqui no Grupo. Abraços!


Wille Muriel




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